quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015



Esqueci que isso existe, esqueci que sou livre aqui.
Pretendo voltar.
PRECISO voltar.

terça-feira, 4 de junho de 2013

sozinho em tokyo


Sinto falta de escrever. Mas me falta tudo, desde inspiração até vontade. Mas sinto falta.

Existe essa aparente calma, esse silêncio, essa folha de vidro transparente-porém-hiper-resistente me cercando nesses últimos meses. As coisas fluem, o rio segue, mas as pedras no fundo dele são ásperas e cortantes.

Sinto saudade de quem já fui, mas eu mesmo me deixei, me larguei naquela esquina... Perdi meus discos, minhas fotos, sobraram lembranças mas o tempo está apagando tudo. Agora tento lembrar, mas não é mais tão simples assim.


sexta-feira, 20 de janeiro de 2012




Sou apegado às minhas lembranças, sempre disse isso, mas com o passar dos anos, com todo esse acúmulo, começo a sentir o peso de todos esses (res)sentimentos. Me sinto sufocado, um cartão de 2g suportando uma carga de 8.
E eu sou um barco tosco em águas turvas, afundo rápido... Quando me dou conta, já estou lá, borbulhando, inundando. Plaft, já era, e acontece tão rápido.

E então, voltei a fugir, me escondo das coisas. Não posso vencer, então corro, ignoro, jogo um cobertor imaginário e durmo em cima. Um mundo todo de coisas, apertadas debaixo desse tapete grosso e sujo que chamo de memória.
Não sei lidar comigo mesmo, mas alguém sabe? Existe essa possibilidade?

CD-R. Papel escrito à tinta. fósforo riscado; palavras ditas. Ou não.

Coisas feitas e que não voltam mais com as quais temos que aprender a lidar.



segunda-feira, 7 de novembro de 2011

yellow diamonds in the light



Dedos curtos e delgados, confusos.
Minhas mãos, decididas, procurando as suas, achando-as, apertando-as.
Cabelos bagunçados, o suor, todas as cores do mundo fundidas naqueles olhos cansados, impenetráveis.

Lips like cheap candy. E eu só não conseguia parar

Oito anos massificados em um perído de duas horas ; e todos os sonhos perdidos se acharam assim, de uma só vez.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Eu gosto de andar de ônibus.



Apesar dos caminhos já decorados, das mesmas paradas, dos horários (quase sempre?) cumpridos, sempre tenho essa sensação de possibilidade. Talvez sejam as pessoas, as novas pessoas, entrando e saindo sem parar.

Hoje eu estava lá e percebi o quanto as coisas que me cercam me remetem á pessoas e a situações que vivi.
Calçadas me lembram sapatos que não vejo mais, praças me lembram beijos que não dei, bancos, coisas que esqueci ou não quis dizer.

E a praia? Uma vida inteira de lembranças vivas. Muitas das quais tento até hoje matar.
Talvez fosse o Arcade Fire nos meus fones, talvez fosse o calor, ou a visão do mar ao fundo.

Só sei que quando as coisas parecem muito reais, quando tudo se conecta e eu tenho essa plena sensação de que existo e participei de tanta coisa e da vida de tantas pessoas, sinto essa vontade imensa de fuder e destruir com tudo ao meu redor. Não sei muito bem lidar com essa pressão. Não é muito maduro, apenas a verdade.

Meu passeio durou pouco, logo tive que descer.
E começou a chover.

E sete horas depois, lá estava eu novamente.
E assim são as coisas, assim são os sentimentos ou pensamentos. Eles vem,eles vão.
Alguns sentam do seu lado e ficam durante muito, muito tempo. Algum encostam em você. Algumas vezes você gosta ; outras não.
Algumas vezes eles passam tão rápido que se você piscar, nem os vê. Outros você só consegue ouvir quando passam pela catraca da vida, aos trancos.

Mas a maioria, uma hora vai descer da sua vida.

Felizmente, somos nós quem decidimos em qual ponto.


terça-feira, 20 de setembro de 2011



Viver nada mais é

do que uma breve tentativa



de preencher o silêncio.